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      ​Completei minha formação acadêmica em 1979 e a partir daí iniciei o trabalho clínico – um ofício artesanal que envolve crescimento, mudanças, conhecimentos e cuidados. Cuidados esses essenciais e imprescindíveis quando se tem na mão consciências em desenvolvimento, psiquismos fragilizados e marcados pelas experiências da vida. Assim, o contexto terapêutico se torna um grande palco onde os dramas pessoais e coletivos vão se desenvolvendo na expectativa de que o artesão/terapeuta possa ajudar a compreender essa trama e encontrar significados e explicações para as aflições e dúvidas existenciais.

      ​Em 1982 iniciei uma outra etapa dentro da minha jornada profissional: a educação especial, mais especificamente a profissionalização de pessoas portadoras de deficiência mental em um programa especializado de preparação para o trabalho. Foram 10 anos de trabalho e convívio transformadores que me levaram a entrar em contato com outras teorias, com outras formas de atuação prática, onde pude perceber “necessidades” e “potenciais” que iam além, desde que fossem oferecidas oportunidades e condições favoráveis. Experiência que apliquei à todas as áreas que atuava.

      ​Nesta época, além da psicoterapia em clínica eu coordenava um grupo de professores e instrutores responsáveis pelo treinamento interno dos aprendizes em fase de preparação/capacitação para o trabalho em uma das unidades da APAE de São Paulo, supervisionava estudantes de psicologia que vinham realizar seus estágios práticos na instituição e também estava envolvida em pesquisa.

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Email: contato@drazildamoretti.com.br

Psicóloga Clínica - Psicoterapeuta

Mestre em Desenvolvimento

Humano pela USP

Currículo lattes: 

http://lattes.cnpq.br/8997922366719552

      ​ Essa ligação direta com o “cuidar” me levou ao contato com a Psicologia Transpessoal, que havia se iniciado há algum tempo através de leituras e algumas conferências sobre o assunto. Eu pré-sentia um compromisso com ela, e, dentro dela reconheço a importância de muitos de seus pressupostos. Por se tratar de uma construção teórico–prática abrangente, suas concepções sobre a personalidade humana privilegiando o campo de estudos da consciência, passaram a iluminar meus pensamentos e ações dentro da prática clínica.

 

      ​ Essa busca e o interesse pela vida acadêmica se fez urgente e busquei o mestrado para sintetizar anos de experiência como terapeu-ta, orientadora, supervisora e pesquisadora. Foram 5 anos de trabalho intenso, mas muito gratificantes.

 

      ​ Correm os idos dos anos 90 e lembro-me muito bem como me fascinava o trabalho dentro da abordagem transpessoal. Busquei me especializar e conhecer ainda mais este universo que se descortinava como uma possibilidade a mais de compreender a Psique - objeto de estudo e de trabalho.

      ​ Em dezembro de 1996 um grande sonho/presente: embarco para a Índia em viagem de estudos para o meu aprimoramento pessoal e espiritual. Visitei alguns Ashrams indianos e universidades em Delhi e Calcutá.  No Nepal, vi museus e templos onde a arte, a música, a dança, as esculturas e pinturas revelavam estados de consciência totalmente diferenciados. Em Dharansala, residência oficial de Sua Santidade o Dalai Lama, tive a oportunidade de visitar templos, monastérios, a Universidade de Norbulingka, a “The Library of Tibetan Work and Archives”, e participar do curso de Especialização em Psicologia e Psicoterapia Transpessoal, ministrado pelo Dr. Leo Matos, Phd (Copenhagen University).

 

      ​ Esta experiência veio reforçar o que eu já intuía e vivia, um alargamento do campo da consciência através de procedimentos, técnicas e meditações, em direção a novas dimensões. Passei a integrar em meu trabalho clínico alguns dos ensinamentos adquiridos buscando sempre estudá-los e analisá-los cuidadosamente para não incorrer em erros e ferir os pressupostos científicos. Além do que, as experiências de contato com outras ordens de realidade são frequentes em diversas culturas, porém não são muito divulgadas nas sociedades ocidentais.

      ​  Na primavera do ano de 1997 embarco para Paris para conhecer o trabalho desenvolvido pela Associação Internacional de Psiquiatria Espiritual e a Associação Francesa de Psicologia Transpessoal, participando do curso "A arte de viver em paz". Conheci pessoas interessantes com as quais mantenho contato até hoje e que desenvolvem trabalhos e linhas de pesquisa dentro da corrente transpessoal. Voltei da França com o firme propósito de oferecer e compartilhar tudo o que eu havia aprendido e vivido, criando assim, o Instituto Brasileiro de Transpessoal (IBT) e os Ensinamentos de Psicologia e Psicoterapia Transpessoal (treinamento teórico-prático destinado a profissionais da área da saúde).

      ​  Ao retornar ao Brasil, fui convidada a integrar as atividades e a programação da Rede Boa Nova de Rádio. Os organizadores do programa queriam conversar com uma especialista em Educação Especial que também fosse mãe de uma criança, jovem ou adulto portador de deficiência mental e o que seria apenas uma entrevista, gerou novos convites e quando me apercebi, já fazia parte da emissora. Trabalhei então durante 10 anos apresentando semanalmente os programas: “Frente a frente com os Mitos”, onde  procurei resgatar o papel do contador de estórias buscando  analisar os

mitos a partir da perspectiva psicológica, “A arte de viver”- onde abordei temas da vida cotidiana sob a ótica da psicologia transpessoal e mais tarde o programa “Matando a Morte”, voltado para a área da Tanatologia e Cuidados Paliativos.

         Sou muito grata a todos que me possibilitam este contato através de tratamentos, aulas, palestras e cursos - presencialmente ou à distância. Considero este trabalho de suma responsabilidade, principalmente pelos vínculos afetivos que vão se formando, possibilitando o desenvolvimento e o aprimoramento de consciências, individuais e coletivas, através desses cuidados essenciais não só na saúde, também na educação e na vida.

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